Projeto social do Governo de Mato Grosso do Sul, que reúne mão de obra voluntária e trabalho em prol de comunidades carentes, vai confeccionar 40 mil máscaras faciais de tecido que serão doadas para instituições de caridade e pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. O acessório é um dos principais equipamentos de proteção individual em meio à pandemia do novo coronavírus.
Os trabalhos começaram nesta segunda-feira (4) no projeto Rede Solidária do Jardim Noroeste, em Campo Grande. Mas antes mesmo das costureiras entrarem em ação, a união de esforços da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) com a Sehast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) possibilitou a atividade.
“Conseguimos dois mil metros de tecido TNT para confecção de máscaras. Recebemos esse material da empresa Corttex, de Três Lagoas, e enviamos ao Senai, que tem todo o equipamento necessário para fazer o corte do molde das máscaras. Agora, as costureiras do Rede Solidária, da Sedhast, vão confeccionar as máscaras que serão doadas pelo Governo”, explicou o secretário da Semagro, Jaime Verruck.
Os tecidos foram entregues às costureiras em pequenos formatos retangulares. “Levamos um dia, das 7h às 17h, para fazer os cortes dos moldes. Se fossem feitos de maneira manual, a estimativa é de que que os cortes durassem 10 dias. E a gente teria perdido aí aproximadamente 30% do material, pois acaba tendo certo desperdício”, contou o diretor do Senai Mato Grosso do Sul, Rodolpho Mangialardo.
Inicialmente, seis mulheres capacitadas no curso de corte e costura da Rede Solidária, oferecido em parceria com o Senai, vão confeccionar as máscaras. Mas esse número pode aumentar , conforme a disponibilidade da mão de obra. Na mini fábrica do projeto social, são 13 máquinas de costura disponíveis para a produção.
De acordo com a secretária da Sedhast, Elisa Nobre, todo o material será doado. “A destinação é para a própria comunidade, para entidades e instituições e para nossa equipe que trabalha com a entrega de cestas alimentares para os indígenas. Conforme forem saindo os lotes, vamos definindo a distribuição, dentro das prioridades”, explicou.
Para o empresário Roberto Faé, da Corttex, as doações são uma forma de ajudar o Estado e a população num momento de crise como este que o mundo todo enfrenta. “Sabemos da gravidade da situação e acredito que os empresários precisam unir forças para ajudar os mais necessitados. Nesse momento, a solidariedade deve vir primeiro, para que juntos consigamos sair dessa crise o mais rápido possível e com o menor número de perdas”, afirmou.
Além da doação de tecidos, a Semagro entregou à Sedhast 48 litros de álcool 70% para fazer a higienização do material.