Desde janeiro o estado de Mato Grosso do Sul se prepara para enfrentar o novo coronavírus. A estruturação da saúde, a implantação de barreiras sanitárias e de drive thrus estão entre as medidas que fizeram diferença e impactam diretamente no bom desempenho do Estado no enfrentamento a Covid-19 perante o cenário nacional.
Porém a guerra contra o inimigo invisível, não depende apenas do poder público, e enquanto a ciência não encontrar uma vacina, o distanciamento social é fundamental para enfraquecer o vírus, afirmam especialistas. Para se ter uma ideia, em algumas regiões brasileiras o sistema de saúde já entrou em colapso e o lockdown foi a única maneira de evitar a circulação de pessoas, e assim, tentar conter avanço do novo coronavírus.
A situação crítica em algumas regiões, só comprova que se não houver a participação de toda sociedade no enfrentamento, as medidas não serão suficientes para evitar que muitas pessoas adoeçam ao mesmo tempo. O que se vê em todas as regiões de Mato Grosso do Sul é o relaxamento da população no quesito distanciamento social.
O monitoramento por geolocalização da In Loco registrou nesta terça-feira (5.5) recolhimento de apenas 38,2%. O índice está entre os piores já registrados desde que a doença chegou ao Estado em 14 de março. Quando ainda não existiam casos de Covid-19, a taxa média de pessoas que normalmente já permaneciam em suas casas ficava entre 25% e 40%, ou seja, a rotina está voltando a ser como antes da pandemia.
O que preocupa as autoridades regionais é exatamente isso, pois apesar de todas as medidas, o vírus continua circulando, e não é possível saber quem está infectado ou não. A falta de cuidados, pode modificar o cenário de aparente controle em poucos dias, e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) reforça mais uma vez a necessidade do uso de máscaras e do isolamento social para que pode permanecer em casa.
No interior, os municípios que tiveram melhor desempenho com relação aos demais, não passaram de 45% de isolamento diário, enquanto a taxa mínima remendada pela SES é de 60%. Nesta terça-feira, os menores índices foram em: Cassilândia (22,2%), Jardim (22,6%), Coxim (23,5%), Miranda (23,6%) e Paranaíba (23,90%).
Com índices não muito diferentes, as cidades onde mais pessoas permaneceram na localização de suas residências foram: Vicentina (43,1%), Dois Irmãos do Buriti (42,4%), Ladário (42,2%), Terenos (41,8%) e Laguna Carapã (41,6%). O ranking completo das cidades pode ser conferido aqui.